“Talento existe?”, me perguntam.
Claro que existe. É um chocolate bem gostoso, aliás.
Brincadeiras à parte, talento existe e não existe ao mesmo tempo. Depende do que você chama de talento.
Muitos entendem talento como um dom natural, um pó mágico que uma divindade coloca na criação de um novo ser e que vem com o nascimento numa quantidade definida e imutável. Seu “talentômetro” não sobe nem desce do primeiro choro ao último suspiro.
Isso não existe. Existe medo, existe covardia, existe ego justificando escolhas injustificáveis.
Mas há alguns poucos que consideram talento como uma facilidade inata para certas atividades. Há uma predisposição de cada pessoa a algumas tarefas, e quando você se dedica a realizar uma dessas tarefas, os resultados aparecem em menos tempo e com mais naturalidade.
Isso existe.
Então, o talento é um piso, não um teto. Ele é a posição em que cada um larga na mesma corrida. Não é o resultado final após anos de voltas completadas. E, como já vimos várias vezes – e seguiremos vendo – a posição de largada não é o resultado final. Muitas coisas acabam influenciando a trajetória.
Acho importante falar desse conceito básico porque tenho notado no meu curso “Estudando Música Melhor” que as crenças dos alunos sobre alguns assuntos básicos compromete o resultado dele. Parece mentira, mas a verdade é que quando você finalmente se convence que o talento é só um dos vários fatores importantes no seu estudo de música, e que ele não é o mais importante, resultados e ações diferentes começam a acontecer. Por isso que dediquei uma parte do início do meu curso para esclarecer estes conceitos – bem como estou chamando sua atenção pra isso.
Portanto, reconheça que o talento existe da mesma forma que você deve reconhecer que o talento não é o elemento mais determinante na sua caminhada estudando música. Evolua a cada dia, no seu ritmo, dentro das suas possibilidades, e você estará sempre progredindo. Não importa como você começou.
Bons estudos,
Alvaro Henrique
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